“O consenso científico é cristalino: ninguém nasce com o cérebro carregado de ódio e preconceitos. Nascemos é com um cérebro que revela a predisposição para distinguir entre «nós» e «eles», mas quem somos «nós» e quem são «eles» é algo que se aprende, não vem de origem. […] Todos nós somos capazes de odiar quando uma determinada conjugação de acontecimentos e circunstâncias é disposta sobre esta característica humana.”
O trecho acima é do livro de Matthew Williams, autor de «A Ciência do Ódio».Willians é investigador e professor pela Universidade de Harvard, é um dos mais reputados criminologistas do mundo, sendo conselheiro do Ministério do Interior do Reino Unido e do Departamento de Justiça dos EUA.
O livro surge de uma perspectiva de investigação após o autor ser vítima de um crime de ódio, pesquisando as origens do ódio e como contribuições em aréas tão diversas como na biologia, na neurociência, na psicologia, na sociologia, na economia e nas tecnologias da informação.
Williams está à frente do programa HateLab (https://hatelab.net/people/), projeto que acompanha e analisa o impacto de determinados acontecimentos no discurso e nos crimes de ódio que tem se disseminado de forma assustadora sobretudo nos últimos 15 anos, impulsionado pelas redes sociais. O antissemitismo pode ser a motivação para um crime de ódio, ou pode estar interligado com outros preconceitos, como o racismo ou o sexismo. Por exemplo, um ataque a uma pessoa que é judia e homossexual pode ter duas motivações preconceituosas.
A onda de antissemitismo recente é um reflexo das forças destrutivas que assolam as sociedades americanas e da Europa Ocidental e eue se espalhou por todas as partes do globo inclusive pelo Brasil.
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