A guerra denominada Espadas de Ferro está se tornando a mais longa das guerras de Israel, quando já chega ao 210º dia e não se vê o fim dela. Israel que estava acostumado com guerras relâmpagos tipo a Guerra dos 6 Dias (1967), a Guerra do Yom Kipur, em 1973, durou 18 dia e a Guerra do Líbano em 1982. 110 dias. Agora, contra uma organização terrorista, a Hamas, que se esconde atrás de civis, já está no 210º dia e não se vê o fim.
O premie, Netanyahu já assegurou algumas vezes que Israel está para entrar no último reduto da Hamas, a cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, que agora concentra cerca de 1.1 milhão de palestinos. A grande maioria veio do norte, onde as Forças de Defesa de Israel já atuaram. Apesar das inúmeras advertências nada aconteceu. Os Estados Unidos pedem para não invadir Rafah, temendo que muitos civis vão ser vítimas. O Egito que tem Tratado de Paz com Israel, ameaça rompê-lo se Israel entrar na cidade, temendo que refugiados vão invadir o deserto de Sinai, fronteiriço a região.
O Secretário de Estado americano, Anthony Blinken já está na sua sétima jornada na região, desde 7/10. Desta vez os americanos dizem que a proposta israelense é generosa e se for negada a culpa é da Hamas. Há alguns dias os ventos sopraram positivamente. Com o passar dos dias e a espera da resposta do Yahya Sinwar, - descrito pelos que o conhecem de psicopata, sadista, assassino, fundamentalista religioso e vai por aí, - os ventos tornam-se negativos. Ele faz todos esperar, não tem pressa, o seu povo não lhe interessa, muito menos os sofrimentos dos sequestrados. Estes são 133, vivos e mortos, há rumores de que a maioria já não estão com vida.
Os familiares dos reféns e apoiadores fazem manifestações em todo o país e até enviam delegações no mundo, até agora sem resultado. Entre os reféns há bebes, crianças, velhos, mulheres e homens.
A proposta atual é da entrega de 33 reféns, a libertação de 40 terroristas por cada israelense, inclusive de assassinos que mataram israelenses. Hamas exige que seja proclamado o fim da guerra e que as tropas israelenses se retirem da Faixa de Gaza. Israel quer proclamar cessar fogo de 30 a 45 dias. Depois tratariam da libertação dos reféns restantes e dos corpos dos reféns mortos durante o encarceramento. Vale a pena lembrar que a Hamas tem 2 israelenses, com debilidade mental, que foram a Gaza por sua vontade, em 2014 e 2015 um judeu de origem etíope e um árabe israelense, estão lá, sem Israel ter noticias deles. Também em poder da Hamas os corpos de 2 soldados das FDI, que combateram durante a Operação Rocha Firme, em julho de 2014.
No governo, o Primeiro Ministro, Netanyahu encontra 2 problemas. Os ministros da direita, Smotrich e Ben Gvir exigem que as tropas de Israel entrem em Rafah, para fazer limpeza total e terminar com a Hamas. No último reduto da Hamas, em Rafah, encontram-se 4 regimentos e provavelmente a cúpula encabeçada por Sinwar e Mohamad Deif, além dos reféns que lhes servem de escudo. Esses ministros alegam que Israel não pode terminar a guerra sem liquidar a Hamas. Por outro lado, os ministros do centro, Galant e Eizenkot, que foram Chefes do Estado Maior do Exército, apoiariam o governo, mesmo se os ministros da direita se demitissem e assim resguardariam o atual governo.
Netanyahu está decidido a entrar em Rafah, mesmo com a oposição americana e egípcia. e "conseguir vitória absoluta". Na terça-feira (30) o ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir saiu de reunião com Netanyahu dizendo que o Primeiro Ministro prometeu entrar em Rafah e adicionou que entendeu do Bem Gvir a consequência se não o fizer". Mais tarde naquele dia Netanyahu encontrou-se com familiares de sequestrados e lhes disse:" a ideia que pararemos a guerra sem entrar em Rafah e liquidar os batalhões da Hamas que estão lá, está fora de cogitação". Os familiares querem acordo com a Hamas já, alegando:" operação em Rafah pode esperar, os reféns não. A cada dia morrem reféns no cativeiro".
A pressão vem também da Arabia Saudita, com os EUA. Antes de vir a Israel, Blinken esteve na monarquia da Arabia Saudita e lá com o príncipe regente elaboraram plano excluindo Israel se este país não entrar em acordo com a Hamas. A ideia inicial foi de fazer tríplice aliança de segurança, que incluiria Israel, Arabia Saudita e os EUA. Segundo o jornal Guardian, de Londres, se Israel não conseguir cessar fogo em Gaza, o acordo será só dos 2 países, sem Israel. O acordo também incluirá cooperação no campo da Inteligência Artificial e em tecnologias avançadas.
Como se nota, o final desta guerra é complicado e não está a vista. Incrível que todos os participantes esperam a palavra final de um terrorista assassino e que os serviços de Inteligência ainda não conseguiram localizar, provavelmente nos tuneis debaixo de Rafah.
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