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Foto do escritorDr. Rogério Palmeira

Associação Judaica de Polícia, de Michael Chabon.

Atualizado: 26 de ago. de 2021



E se a segunda-guerra mundial tivesse acabado apenas em 1946 após os americanos jogarem uma bomba atômica em Berlin? E se na guerra da Independência, os árabes conseguissem vencer e milhões de judeus fossem refugiados de Eretz Yisrael para o Alasca? E se neste Território Judaico do Alasca, o yiddish fosse a língua do dia a dia?


Partindo destas premissas, o celebrado escritor judeu americano Michael Chabon, nascido em 1963, desenvolve seu Associação Judaica de Polícia (Companhia das Letras, 2009), um romance combinando especulação histórica, investigação policial no melhor estilo noir e muita ironia, onde por exemplo o revolver é chamado de Sholem (do yiddish para Paz).


Chabon, que entre outros publicou Garotos Incríveis e participou da elaboração da primeira versão do roteiro do filme Homem-Aranha 2, utiliza o Alasca judaico, com todos os problemas e virtudes de uma sociedade temporária, onde transcorre uma investigação de um crime envolvendo uma seita ultra ortodoxa, máfia judaica e um suposto candidato a Tzadik, as vésperas da devolução do Território do Alasca aos Estados Unidos. Com uma linguagem dinâmica e divertida, com frequente uso de jargão yiddish em situações hilárias, como uso da palavra Shomer, de observante, para

guarda ou policial e shofar para telefone celular. Com suspense no melhor estilo dos melhores romances policiais e ao estilo neo-noir, o romance foi recebido de modo triunfante na imprensa especializada, como “brilhante” (Associated Press) ou “mestre” pelo Jornal inglês The Guardian. O livro traz um pequeno glossário explicando os termos yíddish e o contexto alternativo que é usado.


Uma curiosa reflexão sobre a condição judaica na moderna diáspora.



N.E.: Você encontra o livro na Amazon, em promoção, por R$12,00, no momento em que reviso este texto, clicando aqui.

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