A coluna SIB Mundo Afora, foi criada com o intuito de nos aproximar de membros da nossa comunidade que hoje moram fora de Salvador. Nossa primeira entrevistada é Lis Sender Saul, filha de Max, neta de Saly, uma garota que a maioria de nós viu crescer aqui pela SIB.
Lis passou sua infância e adolescência no Dror. Frequentou sua primeira machané local aos 6 anos de idade e participou ativamente das peulót semanais ao longo dos anos.
No ano de 2020 inscreveu-se para o programa Shnat Hachshara Habonim Dror, que por causa da pandemia teve seu início postergado para junho daquele ano. Ao término do programa em fevereiro de 2021 e pela dificuldade de retorno, também por conta da pandemia, Lis solicitou um visto de trabalho e começou a trabalhar na agricultura. Alguns meses se passaram e finalmente decidiu que seu lugar é em Israel. Lis está iniciando o processo de aliá e espera receber seu teudát zehut (carteira de identidade israelense) nos próximos meses. Seus próximos planos são: frequentar um ulpan avançado e ingressar em uma faculdade na área de cinema.
O que fez você ter vontade de conhecer Israel?
Eu participei do movimento Habonim Dror desde pequena e lá aprendiamos e discutiamos sobre Israel. Além disso, entre minha família e a comunidade judaica sempre escutei muito sobre o Estado. Então, quis ver com meus próprios olhos tudo que aprendi e escutei e discuti.
Você foi através de algum programa da Agência Judaica ou algo assim? Qual programa?
Sim, um programa do Masa chamando Shnat Hachshara
O que você achou do programa? Foi bem acolhida?
Apesar do corona, sinto que foi feito todo o possível para que tivéssemos algo semelhante ao que seria um Shnat Hachshara normal. Aprendi muito sobre Israel, educação, história. Conheci muitas pessoas de outros países e aprendi outras línguas.
Por que resolveu ficar em Israel, acha que realmente Israel tem boas oportunidades de estudo e trabalho para jovens?
Não estava nos meus planos, mas gostei mais do que esperava do que vi aqui. Eu acho que Israel tem muitas oportunidades, principalmente para quem vem de outros países.
Teve dificuldades para se adaptar aos costumes e língua?
O grande problema com aprender a língua aqui acho que é o fato de que a maioria das pessoas falam um bom inglês. Então, é muito fácil fugir para o inglês. Em relação aos costumes, sempre há um choque de cultura as vezes, mas não senti nada muito drástico.
E a saudade de casa, dos amigos, do Brasil, como fica?
Sinto saudades deles, mas não é uma saudade que me paralisa. Somente gostaria de compartilhar certas vivências com eles, mas entendo que vai haver um tempo pra isso.
Comments