Na faculdade eu era o goleiro do time da minha turma. Isso foi muito, muito tempo antes da Intermed.
Modéstia à parte, eu era um ótimo goleiro.
Lembro do último campeonato que participei (comentários até hoje comigo na turma).
Chegamos na final e eu praticamente tinha fechado o gol durante o campeonato.
O time adversário era da turma um semestre mais antiga (os números de turma ainda não estavam aplicados).
Ainda no primeiro tempo, com o jogo empatado 1 a 1, vi um colega do time adversário se chocar contra a trave. Ele ficou lá se contorcendo em dor.
Entendam, na época não havia o conceito de Fair Play.
Mas nunca precisei de conceitos para fazer o que é certo. Eu parei de jogar e fui assistir o colega.
Foi nesse momento que levei o gol. Com as traves vazias.
De imediato o colega "ferido" se levantou sorrindo e comemorando. E eu levei uma bronca geral do time.
Foi um apagão pra mim. Perdemos por um placar elástico, nem lembro quanto.
Depois casei e nunca mais joguei. Dizem na turma que foi a notícia que seria pai que me desintabilizou naquele jogo.
De jeito algum. Seria uma motivação a mais diante da felicidade.
O que me desestabilizou foi a deslealdade do adversário... que não tem Fair Play.
Alguns vão dizer que "é do jogo"... mas não pra mim...
Aprendi Fair Play em casa...
Pelo jeito, até hoje não ensinam Fair Play nas aulas de ética... principalmente quando "é do jogo"...
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