Boa Noite a todos os presentes: Autoridades, Senhoras, Senhores, Associados e Amigos da SIB, gostaria que cada um de vocês se sentissem cumprimentados, ao tempo que agradeço a presença de todos.
Sem dúvida, dos muitos fatos históricos que ocorreram durante II Grande Guerra, um dos mais marcantes e que merece uma reflexão e atenção especial foi a chamada “Solução Final”, O apogeu da maldade Humana.
A maldade materializada e industrializada, perpetrada pelos Nazistas, a Solução Final, criou a mais CRUEL e MAQUIAVELICA indústria da morte da história da humanidade, tudo para executar o extermínio sistemático do povo Judeu pelo simples fato de serem judeus, com o tempo, ficou claro, ela também foi estendida para outras populações que foram consideradas indesejadas ou sub-humanas, como: Negros, Cigano, Deficientes Físicos, Deficientes Mentais, Homossexuais e opositores políticos.
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar...
Esta é a forma poética que Martin Niemöller encontrou para descrever os terríveis fatos que ocorreram durante o criminoso regime nazista na Alemanha, que sem receio de cometer nenhum exagero, poderíamos ainda acrescentar outros versos:
“Depois vieram e levaram os negros, eu não sou negro, também não me importei,
No dia seguinte levaram os deficientes físicos e mentais, eu não sou deficiente não me incomodei,
Depois levaram os homossexuais, eu não sou homossexual.
O que eu poderia fazer?
Refletindo sobre esta poesia e a complementando, utilizarei uma das frases de um discurso de outro ser Humano notável, que também se chamava Martin, Martin Luther King Jr, que acrescenta muito a poesia de Martin Niemöller:
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
Podemos até perdoar, mas Esquecer Jamais, para que fatos como estes, nunca mais se repitam, conosco ou com qualquer outro ser humano.
Os Nazistas pensaram que iriam nos calar, eles estavam equivocados, nossas vozes não foram silenciadas, nem as vozes daqueles que foram brutalmente assassinados, seis milhões de judeus sendo um milhão e meio de crianças, suas vozes são ouvidas até os dias de hoje e assim serão eternamente.
Um exemplo disto, vivenciaremos hoje, através do coral VOZES do HOLOCAUSTO, este coral se apresentou duas vezes no Teatro Castro Alves, em 2005. Composto por 150 vozes Baianas sendo 40 crianças, de todas as religiões e etnias, que cantaram músicas compostas por judeus nos guetos e nos campos de extermínios, suas melodias belíssimas contrastam com as letras que retratam os horrores do Nazismo e suas vozes foram gentilmente emprestadas, para que, aqueles que foram covardemente assassinados, pudessem ser ouvidos e isto está perpetuado e pertence ao acervo do Museu do Holocausto em Jerusalém.
Gostaria antes de ouvirmos o Coral Vozes do Holocausto, falar sobre a atual situação que nos preocupa, após o terrível ataque terrorista de 7 de outubro, do ano passado, ao Estado de Israel, quando foram assassinadas 1200 pessoas e 243 sequestradas, o mundo está experimentando uma onda de ódio, o sentimento antissemita, na verdade estava somente adormecido, anestesiado e foi despertado, estamos vivenciando o seu recrudescimento e as ameaças proferidas por grupos radicais terroristas como o HAMAS e o HEZBOLLAH, bradando do “Rio Jordão ao Mar”, querendo dizer que irão varrer Israel do mapa e inclusive estendendo estas ameaças as populações judaicas do mundo todo, AFIRMAMOS:
Nós vamos nos defender, nós não vamos nos calar.
Nós queremos a PAZ, nos oramos pela PAZ todos os dias e estamos perseguindo a PAZ.
Somos favoráveis a existência de dois países livres e democráticos com fronteiras seguras e respeito mútuo.
A Religião judaica não pretende, nem nunca pretendeu transformar o mundo num mundo mais judaico, o que a religião judaica quer é transformar o mundo num mundo melhor, melhor para todos, respeitando as diferenças.
Vamos agora ouvir a canção de abertura do Concerto Vozes do Holocausto em que a pequena aldeia (Schtetl) judaica foi incendiada pelos Nazistas.
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