A guerra que ora Israel está travando em 7 fronts é sem precedente pela sua expansão, duração e combate com potência que não tem fronteiras com o Estado Judeu. Na madrugada de sexta-feira para sábado (19), a Força aérea israelense foi retaliar ao ataque iraniano de 1 de outubro. Neste dia o Irã lançou 181 mísseis balísticos contra Israel. Os alvos foram limitados, atendendo ao pedido do governo americano que na próxima terça-feira (5) vai a eleição.
Antecipadamente não foram alvos as instalações atômicas e petrolíferas. Os mais
de 140 aviões foram fábricas de produção de mísseis balísticos e drones. (Irã vende a
Rússia milhares de drones para os combates na Ucrânia), instalações de lançamento de mísseis balísticos, baterias anti aéreas S-300 (fabricação russa) e ( uma das 4 pilotas que participaram no ataque) misturadores de combustível planetários para a indústria de misseis balísticos do Irã.. Três horas após o inicio do ataque, todos os aviões já retornaram as suas bases em Israel.
Com isso, o Irã ficou mais vulnerável a ataques israelenses. Foi um árduo trabalho do Serviço de Inteligência, que deu alvos precisos, de caças F15 e F16, além dos aviões de reabastecimento no ar, aviões de controle e Inteligência e helicópteros de resgate se for necessário e drones, que cumpriram sua missão com sucesso. Já dizem que está operação será estudada nas academias no mundo todo.
Os 20 alvos escolhidos foram atacados pelos caças em 3 levas e provaram superioridade no ar iraniano. Todos voltaram são e salvos. (no mapa ao lado estão as áreas atacadas no Irã). No caminho do voo, notou-se a íntima colaboração americana, já que os caças passaram em "céus americanos" na Síria e no Iraque, no voo para o Irã, a mais de 1600 km. do território israelense.
O espetacular e histórico ataque mostrou a superioridade da aviação de Israel, embora não quisesse humilhar o Irã e atendendo aos pedidos americanos de não atacar áreas onde o Irã desenvolve e enriquece urânio para ter bombas atômicas. Não dá para permitir ao regime clerical iraniano chegar a ter bombas atômicas, pois é irracional e colocaria não só Israel em perigo, mas o mundo todo. Já atualmente, o Irã enriquece urânio em porcentagem que lhe permite chegar a bomba atômica em questão de semanas.
O New York Times publicou que os ecos dos bombardeamentos foram ouvidos em Teerã, Esfahân, Mashhad e até mesmo em Curdistão. Apesar disso, o governo iraniano queria mostrar que nada mudou no cotidiano iraniano, transmitindo na TV publico feliz nos parques. No entanto imagens de satélites mostram que os prejuízos foram grandes. As fabricas atingidas atrasarão a entrega de drones e outros apetrechos militares, além dos gastos que terão para reconstruir o que foi destruído.
A reação no mundo árabe foi de crítica ao ataque israelense, mas em alguns países só da boca para fora, porque na realidade países como a Arabia Saudita e Emirados, já sofreram ataques do Irã e estão felizes que alguém bota este país no seu devido lugar. Omã, a Síria e até as proxies iranianas como a Hamas, os Houtis condenaram a ação de Israel. A Jordânia que teme as ações anti governamentais do Irã no seu reinado também criticou Israel. A reação oficial iraniana é no mínimo cínica. Ela vê no ataque "uma violação clara da lei internacional, nas regras da ONU e condena de forma mais feroz a continuação da ocupação e crimes do governo Sionista..."
Este ataque foi sem precedentes. Os EUA fizeram de tudo para que a operação não saísse do papel. Até vazou a X que Israel fez no dia 16 de outubro um treinamento que incluiu reabastecimento em pleno ar e utilizou drones para obter dados para seu serviço de Inteligência. De acordo com elementos da Inteligência do Mintel World, a Força Aérea de Israel conseguiu no ataque "cegar" as sofisticadas baterias terra-ar S-300, espalhadas nos lugares mais importantes do Irã. O Comandante militar israelense, Major-General Herzi Halevi disse (27) que "Tsahal (EDI) utilizou só uma parte de sua capacidade no ataque em Irã.
O líder do Irã que foi chocado e sem resposta ao ataque de Israel, dias depois voltou a atacar e ameaça realizar nova contra retaliação.
O Irã está perdendo em 2 frentes adicionais. Suas proxies, a Hamas em Gaza e a Hizballah no Líbano estão sofrendo derrotas. Israel tenta chegar a um acordo com Hamas para a troca dos seus 101 reféns, entre vivos e mortos, mas as negociações são difíceis. O que está em pauta e ainda não definido é a volta de entre 10 e 15 reféns israelenses em troca de algumas semanas e até um mês de trégua e a entrega de número desconhecido de terroristas da Hamas à Faixa de Gaza. Quem tem as chaves para uma solução é o Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza e pode sufoca-los e o Qatar que é o seu suporte financeiro. No front do norte, a Hizballah parece estar na lona, mas tem novo líder, o vice do Nasrallah, Naim Qassem, que também foi o vice do Abbas Musawi, um dos fundadores da Hizballah na década dos anos 80' do século passado. Ele foi preterido após a morte do Musawi e o escolhido foi Nasrallah. Qassem não tem o carisma do Nasrallah, mas está tentando entrar nos seus calçados. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant já o ameaçou ao dizer que seus dias estão contados.
Um tema que está perturbando a opinião pública israelense, é a oposição dos ultra
ortodoxos em se alistar ao exército. Na fundação do Estado de Israel, Ben Gurion
isentou 400 sábios para que estudem a Torá.
Atualmente este numero chegou a 65.000 e nem todos estudam. Mesmo os que estudam podem fazer como o israelense comum, deixar seus estudos por 3 anos e retornar aos seus estudos. Como vemos na foto eles se recusam a "se alistar ao exército inimigo", ou em outros slogans dizem que "preferimos morrer e não ingressar nas FDI". Atualmente, com a mais prolongada guerra que Israel jamais travou e com muitos feridos e mortos, quando o exército sofre falta de soldados, esta recusa dos haredim é ainda mais alarmante. Isto se torna ainda mais crítico quando se nota que a porcentagem de oficiais e soldados caídos e feridos do setor religioso-Sionista é bem maior do que sua porcentagem na população. Além disso o exército já criou pelotões especiais para haredim e o fato de que há reservistas que foram convocados e servem as forças armadas por mais de 7-8 meses, em 13 meses.
Netanyahu que não suporta seu Ministro da Defesa, Yoav Gallant, do seu próprio partido, o Likud, já o demitiu em março e foi obrigado por pressão popular readmiti-lo um dia depois. Um conflito entre os dois, é a lei do Serviço Militar. Gallant exige a mudança da atual lei e obrigar os ultra ortodoxos (haredim) servir nas FDI, como os demais jovens israelenses quando chegam a idade de 18 anos.
Netanyahu é do partido nacionalista, Likud, da direita e está disposto isentar os haredim da sua obrigação civil, contradizendo a ideologia nacionalista. Infelizmente, ele está interessado só na sua sobrevivência política e a maioria que tem é graças aos haredim. Por outro lado, a intransigência destes em cumprir as obrigações de todos os cidadãos e só exigir mais e mais verbas, caso contrário deixarão de apoiar o governo, deveria ser entendido como uma ameaça sem fundos. Para onde eles vão? De quem receberão mais do que já recebem do Netanyahu? Pelas pesquisas de opinião pública, se realizarem novas eleições eles juntamente com Netanyahu iriam à oposição.
A lei do Alistamento Militar deve ser aprovada ainda antes do final do ano, pois o orçamento do Estado para 2025 tem que ser aprovado até 31.12.24, senão o governo cai automaticamente. Segundo as autoridades militares atualmente faltam as FDI, 15.000 soldados, por feridos e caídos (mais a seguir). Como dá para explicar a uma família que o pai já está servindo no serviço reservista há 250 dias, quando seu vizinho haredim nem se alistou.
ISRAEL QUER RETIRAR A UNRWA Com a investida de Tsahal (FDI) na Faixa de Gaza, ficou mais nítido, o que já se sabia. As escolas da UNRWA (organização da ONU que só lida com os palestinos) são controlados pela organização terrorista Hamas e lá se ensina o ódio aos judeus em geral e israelenses em particular. Membros da UNRWA foram reconhecidos como terroristas da Hamas, inclusive alguns deles participaram da chacina do dia 7/10/23. Em muitas dependências da UNRWA as forças israelenses acharam quarteis com armas da Hamas. É um absurdo que algo da ONU dê mão a terroristas. Além disso há o fato de que só os palestinos recebem este privilégio, de ter organização só para eles. A ONU já tinha uma organização para lidar com refugiados, a ACNUR. Esta trata de todos os refugiados do mundo, exceto os palestinos. Assiste a 122.6 milhões de refugiados com orçamento de 11 bilhões de dólares. A UNRWA lida com 6 milhões de refugiados com orçamento de 1.4 bilhões de dólares. A ACNUR tem 20 mil funcionários e a UNRWA 30 mil. A ACNUR busca ajuda para que em 2 anos, os refugiados saiam dessa condição, enquanto a UNRWA quer perpetuar o status de refugiado e não buscar solução. O governo israelense passou uma lei para que a UNRWA se retire do território israelense. Fato que causou criticas de alguns países, inclusive dos EUA.
Com respeito a UNIFIL, que é a unidade de manter a paz entre Israel e o Líbano, Israel está disposto a manter esta força, mas exige que o Líbano só tenha um exército, sem a organização terrorista Hizballah e que a força da UNIFIL seja integrada por militares sérios de países como os EUA, a França entre outras. Qualquer violação da Hizballah, em se armar ou descer para aquém do Rio Litani permitiria a Israel intervir contra esta organização.
CURTAS:
12.000 FERIDOS E 890 MORTOS ATÉ O DIA 29.10.23. O porta voz militar informou que dos feridos 66% são reservistas e 51% jovens entre 18 e 30 anos. Dos feridos 5.200 (43%) enfrentam lesões mentais como depressão, ansiedades e pós-trauma.
RECORDAÇOES DO DIA 7.10, MAS NETANYAHU NÃO VISITOU KIBUTZIM PERTO DE GAZA. Passados quase 13 meses, ocorreram em Israel recordações de 1 ano do terrível massacre e invasão da Hamas aos kibutzim em volta da Faixa de Gaza. O governo fez uma recordação adicional pelo calendário judaico no último domingo (27). Apesar disso e de vários convites, o premier Netanyahu não visitou a área afetada pelo massacre da Hamas.
ISRAEL FORNECE SISTEMA DE DEFESA AOS TANQUES ALEMÃES. Os tanques Leopard do exército alemão terão proteção do sistema já usado pelos tanques israelenses chamado 'blusão contra vento', que foi eleito o melhor protetor de tanques em guerra.
CAFÉ DO HOTEL KAMPINSKI EM TEL AVIV DOS 14 MELHORES DO MUNDO. O magazine Condé Nast Traveler escolheu este café na lista dos 14 melhores do mundo. É uma grande honra esta nesta lista já que no mundo há milhares de cafés.
O MILAGRE DO F-15. Um dos caças que participou do ataque no Irã é um F-15 que em maio de 1983 num treinamento chocou-se com uma asa em um outro caça do tipo Skyhawk. O piloto deste caça teve que se injetar do avião, mas o piloto e o navegador do F-15 nem sabiam da perda da asa e conseguiram fazer uma aterrisagem de emergência na base de Ramon, parando a apenas 6 metros da rede final. Avião com uma asa não voa, más eles conseguiram e este mesmo avião foi até o Irã no fim de semana.
NO HOSPITAL KAMAL ADWAN EM BET LAHIYA. Muitas vezes Israel acusou a Hamas de utilizar hospitais, escolas e até mesquitas de lhes servir para fins militares, fato que é proibido por todas as normas internacionais. Mas, só entrando mesmo nos locais, como foi o caso deste hospital para verificar e ter provas de que ele também serviu de quartel general da organização terrorista Hamas. Além de material bélico encontraram vários documentos.
NA ENTRADA DA PREFEITURA DE HERZLIYA EXPOSIÇÃO DOS SEQUESTRADOS. Como em muitos lugares em Israel, a prefeitura de Herzliya montou uma exposição feita pelos familiares dos sequestrados a respeito deles. Israel toda pede o seu retorno já.
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