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Foto do escritorDr. Rogério Palmeira

Jesus era Judeu e Não Palestino


Este ano o Natal e o início da festa de Hanuká, caíram na mesma data de 25 de dezembro. Desde 1900, esta é apenas a quinta vez. As outras vezes foram em 1910, 1921, 1959 e 2005. As festas entretanto tem origens bem distintas, embora tenham significados bem marcantes. O Natal, que muitos dizem surgiu a partir do festival pagão da Saturnália, marcando o Solstício de inverno no Hemisfério Norte, comemora o nascimento do mais famoso judeu: Jesus de Nazaré. Como sabemos Hanukah, marca a improvável vitória militar dos Irmãos Macabeus sobre a opressão do exército helênico de Antioco IV, que além de proibir a prática do judaísmo, profanou o templo. 


Jesus, segundo o relato do Novo Testamento nasceu em Belém, cidade de David, embora muitos historiadores acreditem que de fato ele teria nascido em Nazaré. A ideia do nascimento em Belém teria sido alterado para se enquadrar na profecia de que o Messias viria da Cidade de David.. Em ambas as hipóteses, teria nascido de uma família judia, em terra judia, o Reino de Judá, então sob domínio romano. 


Temos observado um crescente movimento, marcado também por atos violentos, como o que ocorreu em Belém, atualmente sob domínio da Autoridade Palestina, em que grupos ligados ao movimento palestino e seus apoiadores ao redor do mundo, levantam faixas com os dizeres “ Jesus era Palestino”. Além da óbvia ignorância histórica da parte de alguns e da maldosa distorção histórica de outros, este tipo de afirmação levanta questões de disseminação de ódio e uma ideologia cega em seus objetivos de querer deslegitimar a história judaica. 


Após a revolta de Bar Kochba entre 132-135, após sucessivas vitórias militares, os judeus chegaram a dominar grande parte da Judeia ocupada, inclusive Jerusalém. O Rabi Akiva chegou a declarar Bar Kochba o Messias. Os romanos após esforço militar concentrado conseguiram retomar o controle e no intuito de romper vínculos do povo judeu com a terra modificou seu nome para Palestina. 100 anos após a morte de Jesus e quase 2 milênios antes do surgimento do conceito de povo Palestino. Até os anos 1948, Palestinos eram todos que habitavam ou tinham passaporte da então Palestina sob mandato britânico ou antes disso, sob domínio Otamano. 


Tentar dizer que Jesus, crucificado pelos romanos sob o título de “ Rei dos Judeus” é querer apagar as raízes judaicas do personagem que viveu e morreu judeu, pregou em sinagogas e não funcou nenhuma nova religião. É mais uma vez querer deslegitimar a milenar ligação do povo judeu com a Terra Santa que remonta há mais de 30 séculos ininterruptos.


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