Gênesis 6:9 – 11:32
Haftará: Isaías 54:1 – 55:5
Passaram-se 10 gerações desde a criação do mundo. Os descendentes de Adam se corromperam com idolatria, imoralidade, roubo etc. Até que nasceu o único tsadic (justo) de sua era que foi Noach. O Eterno resolveu inundar a terra destruindo todos os habitantes incluindo animais e plantas. Mantendo somente vivos ele e sua família para repovoar a terra. Ordenou a ele que construísse uma arca e para que ali habitassem ele e sua família, um casal de cada espécie de animal e plantas. Depois de 40 dias e 40 noites de dilúvio que cobriu inclusive os montes mais altos. Depois de 150 dias, as águas começam a diminuir e no dia 17 do sétimo mês a arca para no monte Ararat.
Noach envia primeiro um corvo e depois uma pomba e esta retorna no mesmo dia com uma folha de oliveira. Depois de 7 dias, ele envia novamente a pomba e não mais regressa. Noach oferece um sacrifício ao Eterno. O Eterno afirmou que nunca mais faria isso novamente e apresenta um arco-íris como símbolo de seu pacto. Noach e seus descendentes passam a comer carne, diferentemente de Adão. O Eterno dá as 7 leis universais, proíbe a idolatria, categoriza as relações sexuais proibidas, proíbe o assassinato, comer carne de animal vivo e ordena a criação de tribunais de justiça.
Noach passa dos limites com o fruto da vinha e Cham (um de seus filhos) ri da nudez de seu pai. Sem y Chafet cobrem seu pai sem ver a nudez, caminhando para trás. Cham é castigado recebendo uma maldição para seu filho Canaã que será o mais baixo dos escravos.
A Torá descreve os descendentes dos 3 filhos de Noach que gerarão as 70 nações do mundo e ocorre o incidente da Torre de Babel com a fragmentação da comunicação entre muitos idiomas ao longo do mundo. A parashá conclui com a genealogia de Noach até Avraham.
Por que o dilúvio?
Um Midrash para refletirmos:
O Rei e as Pessoas Mudas
O rei estava de bom humor. Anunciou a seu ministro:
"Desejo alegrar algumas pessoas desafortunadas. Convide ao meu palácio um grupo de pessoas pobres e mudas. Trate-as generosamente! Dê-lhes comida requintada e vista-as lindamente."
O grupo de pessoas mudas foi convidado e todos passaram um tempo muito agradável. Jamais sonharam haver no mundo coisas tão prazerosas. Sua gratidão para com o rei não tinha limites. As infelizes criaturas não podiam falar, mas quando o rei passava, todos se levantavam e se curvavam, acenando com as mãos e mostravam a ele, na linguagem dos sinais, o quanto apreciavam o que estava fazendo por elas. Todas as manhãs, ao se levantarem, louvavam o rei na linguagem dos sinais.
O rei estava satisfeito por eles o honrarem deste modo. Estava tão contente que chamou o ministro e deu-lhe algumas instruções:
"Este grupo de pessoas mudas desfrutou de uma longa e agradável estadia em meu palácio. Despeça-os agora e convide em seu lugar um grupo de mendigos que falem. Eles louvarão meus atos nobres com palavras e não apenas com gestos e sentir-me-ei ainda mais honrado."
Então, um grupo de pessoas pobres e falantes foi convidado ao palácio e tratado com deleites que nunca haviam experimentado. Os mendigos estavam tão ocupados em divertir-se que esqueceram do rei a quem deviam sua boa sorte. Nenhum deles pronunciou uma palavra sequer de agradecimento e, quando o rei passava por eles, ignoravam-no completamente. Logo, os mendigos esperavam suas comodidades com naturalidade e exigiam prazeres como se lhes coubesse por direito. Certo dia, decidiram se apoderar do palácio e depor o rei. Enfurecido, este chamou o ministro:
"Expulse estes mendigos de meu palácio," ordenou ele. "Faria melhor convidando novamente os mudos; eles não podiam expressar sua gratidão com palavras, mas me honravam da melhor maneira possível. Estas pessoas falantes, porém, que poderiam me trazer tanta glória com o poder da fala, revoltam-se contra mim!"
A ordem do rei foi cumprida.
Quando o Eterno criou o mundo, e encheu a Terra de água, as ondas proclamavam: “Como o Eterno é poderoso!..”
Então H’Shem disse: “Se a água louva o meu nome, imagine os homens que são dotados de faculdades? Entretanto, ao invés de louvarem, cometeram pecados tramando, praticando atos vis uns contra os outros. Observando estes atos dos homens perversos em todas as gerações depois de Adam, o Eterno trouxe o dilúvio à Terra, pois, mesmo sem água poder pensar ou falar, louvava ao Eterno, ao passo que os homens praticavam atos pecaminosos. Então o dilúvio tem um enorme significado nesta ação…
Shabat Shalom Umevorach.
Comments