Chaiê Sara descreve a morte de Sara, aos 127 anos de idade, e a insistência de Abraão em comprar a sepultura para enterrá-la na terra que confiava que o Eterno daria à sua descendência, conforme prometera. É nessa passagem que aprendemos sobre o ritual judaico de dignificar os nossos mortos, como momento derradeiro do amor que nutrimos pela vida.
Mas a vida segue adiante e Abraão envia seu servo Eliezer à terra de seus pais para encontrar entre os familiares uma esposa para seu filho Isaac. Eliezer reza ao Eterno pedindo que lhe faça ir de encontro à pessoa certa, cujo coração fosse bondoso e a alma valorosa. E eis que, à entrada da cidade, vê Rebeca tirando água do poço e pede a ela que lhe dê de beber. Ela, não apenas oferece a ele, como a seus homens e camelos. E Eliezer tem, então, a certeza de que o Eterno atendera a suas preces. Pergunta quem é seu pai e se apresenta. Rebeca oferece também abrigo para pernoite. Eliezer lhe dá muitos presentes e pede a sua mão a seus pais e irmão. Eles perguntam a Rebeca se esse era o seu desejo e ela diz que sim. E seguem viagem.
Ao avistar Isaac, Rebeca se cobre com o véu. E Eliezer conta a ele tudo o que se sucedera. Issac a leva à tenda de Sara e a desposa, redescobrindo a alegria após o luto pela perda de sua mãe.
Em seguida a Torá relata a morte de Abraão, aos 175 anos de idade.
Mais uma vez, dentre tantas na Torá, nos é ensinado o valor do caráter e da bondade como virtudes a serem buscadas como tesouros na construção de nossas famílias, base dos valores milenares de nosso povo. Que esses exemplos nos inspirem a honrar nossos antepassados e seguir seus passos, para também nós contribuirmos para o Tikum Olan.
Shabat Shalom!
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