Emor le Cohanim (fala aos Cohanim). Assim o Eterno determina a Moisés instruir os Cohanim a respeito das leis de observância ao que é impuro e, portanto, a eles, como sacerdotes, vedado ter contato. Só poderiam se impurificar tocando em um morto se fosse parente direto: pai, mãe, esposa, filho ou filha. Aos Cohanim com defeitos físicos, não era permitido servir no Mishcan. Todo animal oferecido em sacrifício também deveria ser perfeito.
Naquele momento da história, essa era a forma que podia ser compreendida e cumprida na condução das pessoas ao arrependimento. O rigor da perfeição exigida aos animais a serem ofertados inibia eventual impulso de apresentar o que não poderia ser comercializado de qualquer forma, o que eliminaria o necessário sentimento de renúncia.
Séculos se passaram desde a promulgação dessas leis, conquistamos Canaã, estabelecemos reinos, enfrentamos inimigos poderosos, construímos e reconstruímos o Templo de Jerusalém, onde os sacerdotes recebiam esses sacrifícios. Fomos expulsos de nossa terra e nos espalhamos pelo mundo. Substituímos o Templo pelas sinagogas, os sacrifícios pelas orações e nos tornamos, nós próprios, cada um de nós, um sacerdote. A humanidade evoluiu e não mais o Eterno espera por perfeição física, mas espiritual. Por isso, devemos oferecer às pessoas - e a nós próprios – respeito, ética, bondade, solidariedade, justiça.
Em seguida, o Eterno fala a Moisés e este nos orienta sobre os Chaguim a serem observados: o Shabat, Pessach, Shavuot (incluindo a contagem do Ômer entre um e outro), Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucot, Shemini Atséret. E conclui ordenando que se trouxesse azeite de oliva puro para alimentar a lâmpada contínua, aquela que cada sinagoga tem acesa em frente ao Aron Hakodesh. De forma similar, todos nós devemos ter uma luz contínua acesa em nossos pensamentos, corações, atos e palavras, na busca incessante pelo tikum olam – o melhoramento do mundo!
Shabat Shalom!
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