Sidrá 30ª da Torá; 7ª do Sefer Vayikrá. Entre pessukim 19:1 e 20:27.
Haftará em Amós 9:7 – 15.
Detalhe "Keter" de uma impressão cabalística (Mizrach) por Samuel Habib, 1828: Reprodução
Kedoshim significa “santos”. A Torá nos ordena que sejamos santos como o Eterno é. Será que eu imagino a profundidade disso? Qual a importância de ser santo? Será que eu busco fazer isso? Qual a importância de se cumprir as Mitzvot? Será que realmente eu sei o que é ser livre? Esta parashá riquíssima nos convida a refletir sobre estas questões.
A Parashat Kedoshim chama a atenção para as responsabilidades espirituais em não cometer a idolatria, comer das oferendas depois do tempo determinado, roubar, enganando, jurando falso, ficar com propriedade alheia, atrasar pagamento dos empregados, aborrecer ou falar mal de outro judeu, guarda rancor, hibridismo animal de espécies distintas colocar obstáculo diante do outro, não fazer justiça, não praticar bruxaria, não praticar vingança etc.
As Mitzvot positivas são: respeitar os pais e o Shabat, ofertar parte da colheita para os mais pobres, amar ao próximo como a si mesmo, comer frutos no quarto ano em Jerusalém, respeitar o Beit HaMikdash, os sábios, santificação da família pela Torá e Kashrut.
Ainda, nesta parashá, orienta a não seguir os passos dos idólatras, sob o risco de perder a Terra de Israel. De acordo coma Torá cumprir tudo isso representar caminhar rumo à santidade, isto é, separado...
O Zohar nos parágrafos 7 e 8 compara a relação comportamental em relação as atitudes em uma espécie de Teia de Aranha – o Rav e Itzchac em nome do Rav Iehudá. Nós vemos o mundo através de polaridades entre certo e errado, branco e preto, céu e terra, bem e mal. Do ponto de vista espiritual, tudo é composto e integralizado… o mal acontece no mundo, mas tem um bem embutido, e o contrário também acontece…
Sem isso o mundo não existiria. O bem e o mal funcionam em harmonia. Talvez isso nos ajude a compreender o trecho "Eu formei a luz e criei as trevas; Eu crio a paz e crio o mal" (Yeshayahu 45:7) . O bem é permanente e o principal ingrediente da Criação e o mal é transitório (Bereshit). A Cabalá nos ensina que Adam (o primeiro homem, que esteve no Éden), comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Então, estes dois elementos se misturaram. Mas o nosso objetivo é fazer o bem e nos afastarmos do mal como nos ensina o livro de Salmos. Nós nascemos com inclinação para o mal – Ietzer HaRá – então, devemos nos permitir a usar os atributos divinos para que possamos ajudar uns aos outros. As Grandes Festas nos ajudam a lembrar e a cumprir Mitzvot. Há pouco mais de 10 dias comemoramos Pessach e agora estamos fazendo a contagem Ômer – Sefirat HaÔmer – em que refletimos e praticamos ações positivas a fim de melhorarmos nossas almas, através da aprendizagem das 7 Sefirot emocionais – É um estágio de aperfeiçoamento pessoal com a combinação de duas Sefirot. A cada semana muda a combinação com a segunda Sefirá fixa por sete dias perfazendo 7 x 7 = 49… Até chegarmos a Shavuot maduros espiritualmente. Espero que possamos aprender mais a viver melhor neste mundo, degustando no Shabat e cada dia de nossas vidas o presente da liberdade no mundo vindouro...
Chesed - bondade, benevolência.
Guevurá - justiça, disciplina, moderação, reverência.
Tiferet - beleza e harmonia; compaixão.
Netzach - resistência; firmeza; ambição.
Hod - humildade, esplendor.
Yesod - vínculo, princípio.
Malchut - nobreza, soberania, liderança.
Shabat Shalom Umevorach
Darkey Shalom
Referências:
- Morashá.com
- Wikipedia
- Chabad.org
- serjudío.com
- Ecos do Sinai
- Zohar
Comments