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Foto do escritorMarcos Wanderley

Parashat Ki Tavô (Quando entrares)


Deuteronômio 26: 1–29: 8


No início da Parashá, há instruções sobre uma oferenda ao Santuário das Primícias (Bikurim) e do Dízimo. A oferenda é um ato de louvor e de reconhecimento dos benefícios do Eterno. Segundo os sábios, o objetivo do rito, é levar o homem a dominar seus apetites o que poderá revelar o controle de suas vontades... A primeira colheita obtida com esforço e há muito esperada é a parte do Eterno e não do homem. Eles insistirão sobre o valor da oblação das oferendas bem como o desenvolvimento da generosidade no homem, convertendo-se, assim, em uma economia de oblação e não de apropriação...


De acordo com a tradição, o povo levava ao Santuário apenas as primícias das sete espécies que simbolizam tradicionalmente a terra de Israel: o trigo, a cevada, a vinha, a figueira, a romãzeira, a oliveira e a tamareira. Quando se fala em “terra que mana leite e mel”, o mel ao qual se refere é o de tâmaras e não de abelhas. Entre os frutos do solo, a vinha tinha lugar especial, pois o primeiro vinhedo foi plantado por Noah (assim descrito em Bereshit). Segundo Rashi, o maior comentarista da Torá, o Cohen (Sacerdote) punha sua mão sob a mão do ofertante, para fazer com ele o balanço ritual (Vaiycrá 23:11). O Código finaliza com a prescrição de um rito e de uma reza. Assim como Israel situa o Eterno no ápice da alegria, Ele também o situará no topo de sua eleição…


O que aprendemos desta Parashá…


- O Eterno solicita as primícias da terra para a provisão dos Cohanim (sacerdotes);

- Há o clamor e a lembrança do que o Eterno fez pelo nosso povo da saída de Mitzraim (Egito)

- A lembrança para adorarmos ao Eterno na terra que mana leite e mel;

- O preceito do dízimo;

- O nosso cumprimento dos estatutos e juízos;

- Construir um altar de pedras para o Eterno;

- Escrever as palavras da Torá sobre as pedras; etc.


Uma das maiores aprendizagens neste período que estamos vivendo é trabalhar o nosso autocontrole, construindo uma aprendizagem do bom conviver e nossas necessidades internas, refletindo e construindo dias melhores. Entretanto, não devemos ficar angustiados se não conseguimos alcançar tudo o que planejamos, mas devemos valorizar cada nível do que se conseguiu conquistar o que já constitui uma bênção. Sejamos o mestre de nós mesmos e de nossos pensamentos…


Construir a partir do mínimo, em que se possa investir em si mesmo; ser liberto de verdade das próprias prisões pessoais, e praticar o perdão; a devoção ao Eterno é imprescindível com doçura e sobriedade; a importância da prática da Tzedaká; cada atitude positiva espelha os ensinamentos da Torá; lapidar as pedras ao ponto de que não sejam tropeço nem acidentalmente escorregadias. “O judaísmo é uma fé viva da relação do indivíduo com D’s e todo o povo Judeu” ...


Darkei Shalom

Ketivá Vechatimá Tová - “Que sejam inscritos e selados para um ano bom”

Shabat Shalom Umevorach


Marcos Wanderley


Referências:

- Revista Morashá on-line

- A Bíblia (André Chouraqui)

- Meor HaShabat Fax (Rabino Kalman Packouz)

- Amém (Flávio Rotman)



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