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Parashat Metzorá e Parashat Shabat HaGadol

Vayikrá( Levítico 14:1–15:33)


Como se afastar da Morte,

Como não se aproximar da Morte 

Como não perder vitalidade 

Como se afastar da negatividade 

Como obter liberdade do Mal 

Como o ter vitalidade e Vida.

 

Em Leilui Nishmat das vítimas da Inquisição, vítimas da Shoá, das vítimas do terrorismo em Israel e dos soldados caídos de Israel, das vítimas do dia 07/10/2023(22 de Tishrei), das vítimas inocentes em Israel e na Palestina, da guerra na Ucrânia e de qualquer tipo de violência e maldade que exista no mundo.

 

O Shabat HaGadol, é o Shabat do Grande Prenúncio da Liberdade que anuncia a Festa do Pessach. 

 

A parashá inicia com o seguinte texto: 

Vayikrá 14:2

“Esta será a instrução/ensino/ética/conduta/caminho daquele que se aproxima/se envolve com o que é mal, negativo, com a maldade, com a crueldade, com o maléfico, com a doença, com a morte, com a  Metzorá(Met - Zorá; Motzi - Shem - Rá) no dia de sua recuperação, de seu renascimento, de seu ganho de vida e de vitalidade, da sua elevação. Ele deverá vim até o Cohen(Sacerdote).”

 

O interessante é perceber que ao desmembrarmos a palavra chave da parashá (Metzorá) num exercício livre de interpretação, podemos obter duas frases: (1. Met - Zorá; 2. Motzi - Shem - Rá)

 

A primeira fala sobre o despontar (Zorá) da “Morte” (Met) e a segunda fala sobre a Fonte (Motzi) do Caráter (Shem) do Mal/Maligno (Rá). Ambas podem ser associadas a uma pessoa que se aproximou muito da essência do Mal, da maldade, da crueldade, do maligno, da doença, da desgraça, da morte. Tal pessoa se torna tão insensível que segundo a Torá é necessário rituais de alta espiritualidade, vitalidade e Vida feito pelo cohen para desfazer sua aproximação e elevar a energia e vitalidade de quem praticamente está morto em vida por ter se aproximado tanto da morte. A Torá mesma proíbe veementemente que nos aproximemos da “Morte” nesse sentido. 

 

Um exemplo disso é o que está acontecendo com os nossos inimigos, aqueles que querem o mal do povo judeu, de Israel, os inimigos do povo de Israel. Isso é, aqueles que são os terroristas e não as pessoas inocentes do povo palestino e outros povos ao redor. A maldade e a crueldade praticada no dia 07 de outubro de 2023, 22 de Tishrei de 5784 é tão grande que é o resultado de muitas pessoas que amam a morte, a violência, a desgraça, o domínio, o controle. Essas pessoas se aproximaram tanto da morte que parecem que já não são mais sensíveis a essência do Espírito Humano. Muitas vezes duvidamos se elas são humanas mesmo. É muito triste ouvir de alguns do povo palestino dizerem que amam a morte e que o povo judeu ama a vida. Elas praticamente estão “mortas” em vida e a grande tragédia é que muitas pessoas dessas que amam a morte, tem como objetivo de vida promover a morte, incluindo a delas e daqueles que estão mais próximos delas. 

 

A cena dessa semana do Ismail Haniyeh(Yimach Shemo), chefe do Hamas depois que soube que seus filhos e netos haviam morrido, é um exemplo e demonstração a insensibilidade que a aproximação da morte, da crueldade, da brutalidade e do maligno causa nos seres humanos. O vídeo mostra essa pessoa que não demonstra ou expressa nenhum tipo de sentimento mesmo para aqueles que são mais próximos e parentes dele, no caso seus filhos e netos, seu próprio sangue. A aproximação com Morte durante esse tempo deixou ele sem vida, oco por dentro. Ele se tornou apenas alguém que sobrevive, por que a maior parte de sua essência, a maior parte do espírito sagrado dentro dele já “morreu” há um tempo. 

 

Pessoas assim sobrevivem da energia, da vitalidade, da vida dos outros, pois dentro de si a um espaço enorme a ser preenchido pelo Eterno, porém a ausência do Sagrado é grande no coração. Esquecem de buscar a vitalidade e a vida da Fonte Maior, do Eterno e passam a ser a fonte que puxa e drena vida dos demais, como um buraco negro sem fim.

 

E assim você se pergunta. Como alguém é capaz de fazer tanta maldade? Tanta crueldade? Tanta brutalidade? Igual aquela que já vimos várias vezes e nós estamos vendo atualmente? A resposta está na aproximação exponencial e cada vez mais que essa pessoa tem da “Morte”, da destruição, da desgraça, do caos. Quando mais próxima, mais a pessoa se torna na fonte de “Morte”, como um buraco negro que absorve tudo ao redor. Por isso, precisamos observar e ficarmos atentos as pessoas que se aproximam da morte e querem se aproximar de nós, com o intuito de nos tirar vida e vitalidade. 

 

E como faz para resolver a insensibilidade de quem se aproximou da Morte e do Maligno? Como se faz para romper a ligação e conexão que se tem com o Maligno? Isso é possível? Sim, a Torá responde que essa pessoa “deverá ser levada ao Cohen” Ou seja, a pessoa deverá ser aproximada da Fonte da Vida, do Eterno e deveria ser avaliada por quem está conectado a Vida. Ao se aproximar da Origem da Vitalidade, a maldade, a ausência do Sagrado dentro do coração somem gradativamente e a fagulha divina começa novamente a crescer.” 

 

Vayikrá 14:2-3

O ritual descrito pela Torá feito pelo Cohen em um dia específico, possui simbolismos de crescentes de vitalidade e vida. Era escolhido um dia para realização do ritual após um período de preparação(“no dia da sua “elevação/purificação”). Era feito fora do acampamento(“E saia o Cohen de seu Lugar, para fora do Lugar, da Machané…”), ou seja fora de um ambiente de maior vitalidade, um ambiente comum diferente daquele separado para a promoção da Vida. Então, (“o Cohen “examinava” a pessoa afligida pela Metsorá para determinar se ela recuperou vitalidade e Vida, se estava se curando”). Então aquele acometimento pela Metsorá trazia símbolos crescentes de vitalidade e vida, como água viva numa tigela de barro, plantas de cedro e hissopo, lã tingida de vermelho, pássaros e outros elementos. Os símbolos se referem a vitalidade presente em todos os elementos da natureza como a água em movimento, o solo vermelho(Adamá-Adom-Adam) que faz surgir vida, a essência da vegetação e dos animais. A Torá diz em Vayikrá 14:7-8 que: “O Cohen aspergirá -água viva- sete vezes sobre a pessoa acometida de Metsorá, aumentando a sua vitalidade. O Cohen soltará/libertará o pássaro pelo campo(a liberdade). A pessoa submetida a elevação lavará suas roupas e irá limpar seu corpo. Imergirá seu corpo num Mikvê, e a pessoa só poderá retornar ao lugar de Vida, ao Lugar Sagrado apósficar de fora por sete dias…” e somente no oitavo dia, que ela retornará a Machané, depois de mais um processo de elevação/purificação).

 

Com o texto da Torá, entendemos que quem se aproxima muito da “Morte” e da cultura de “Morte”, só poderá voltar ao Lugar da Vida de forma gradual, ritual e progressiva. 

Aos poucos, essa pessoa pode cada vez mais obter liberdade, vitalidade e Vida e assim ela vai se afastando da Metsorá. Nosso papel, como judeus, como Israel é ser Cohen, é sermos Cohanim, promover Vida, liberdade e Vitalidade para o Mundo. Para isso, precisamos de um Lugar separado, um Lugar Sagrado, um Lugar que promova Vida, diferente do lugar que está “fora” do acampamento. Esse espaço nos protegerá de sermos afetados pelas fontes de “Morte”. Ao sairmos para “fora do acampamento”, temos que promover vida e liberdade, em graus mais e mais elevados de vitalidade para todos, principalmente para quem quer se aproximar da Vida e estarmos atentos para não aproximarmos da “Morte” e nos afastarmos da Fonte da Vida. 

 

Nosso povo, com a ajuda do Eterno, do Sagrado, da Shechiná precisamos continuar a viver cada vez mais, mesmo que estejamos em volta de pessoas que querem nossa morte, mesmo em volta de tanta maldade e tristeza. É essa nossa resistência, esse é o nosso dever! Fomos escolhidos pelo Eterno para Viver e promover Vida! “Escolha a Vida, diz o Eterno na Torá!” Devemos espalhar muita Vida, Saúde, Amor, Felicidade, Alegria e tudo de bom que existe, tudo o que faz a Vida no Mundo fazer sentido por que o Eterno nos criou para vivermos, para promovermos Vida e vitalidade, para sermos felizes!! Am Israel Chai!! 

 

 

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