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Foto do escritorDr. Rogério Palmeira

Parashat Pekudei

Shemot\ Êxodo 38:21 - 40:38


Imagem de Firmbee por Pixabay


A Parashá Pekudei, é uma prestação de contas (daí seu nome) de todas as doações envolvidas na construção do Mishkan. Tudo o que o Eterno ordenou a Moisés foi criado para o Mishkan sob a direção de Itamar, filho de Aaron, de Bezalel, da tribo de Judá, e Aoliabe, da tribo de Dan. Entre as muitas criações incluem-se também as vestimentas especiais para os Kohanim e para o Kohen Gadol, o Sumo Sacerdote, Aron.


Estas vestimentas sacras, contavam com um peitoral, com 12 pedras preciosas e semi-preciosas, correspondentes aos nomes dos filhos de Israel. O manto era tecido com a cor do azul puro e tinha sinos de ouro puro, entremeados com pequenas romãs. Foram elaboradas túnicas e turbantes e enfeitaram turbantes de linho fino bordado para Aaron e seus filhos. Fizeram a placa principal de ouro puro e nela escreveram: “Santo para o Eterno”.


Com a conclusão dos trabalhos para construção do Mishkan, um templo portátil, Moisés, viu que todas as tarefas foram cumpridas como ordenado e abençoou os israelitas. Da lista de tarefas realizadas para construção do Mishkan, os rabinos deduziram as proibições das tarefas que não poderiam ser realizadas no Shabat.


Foram fornecidas pelo Eterno também todas as instruções de como tornar tudo o que continha o Mishkan, sagrado, bem como seria feita a consagração dos Kohanim.


Após a consagração, uma Nuvem cobriu o Mishkan, a Tenda do Encontro e a Presença Divina Encheu o Mishkan. Moisés não pôde entrar na Tenda do Encontro porque a Nuvem se Instalou sobre ela. Deste modo a nuvem subia do Mishkan os israelitas partiam em suas jornadas. Se a nuvem não se levantasse, eles não partiriam. Sobre o Tabernáculo uma nuvem do Eterno repousava de dia e o fogo aparecia nela à noite, diante dos olhos de toda a casa de Israel durante as suas jornadas. Notável observar que a palavra Mishkan, contém a mesma raiz de Shekhinah, a Presença Divina que se instalou sobre a Tenda do Encontro.


Assim no Mishkan o Tempo e o Espaço são santificados com a Presença Divina, através do trabalho humano pode-se concretizar um espaço de encontro com o Divino, o Transcendente. Ao mesmo tempo Moisés dá mais uma lição de liderança, pois o envolvimento de toda comunidade é retribuído com a uma prestação de contas, iniciando uma transparência não vista até então entre os líderes. Deste modo, a Ação Sagrada e a Ação Pública se tornam uma só, com o empenho de trabalhadores inspirados, a participação da comunidade e uma liderança íntegra.


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