Pois é minha gente, já estamos na nossa Grande Festa de Pessach!
Pessach que tanto significado tem para Nosso Povo!
Pessach que é Passagem!
Pessach que é Liberdade!
Pessach que é Humildade!
Pessach que, apesar de ter acontecido há tantos anos atrás, não poderia ser tão atual quanto aos tempos loucos em que vivemos atualmente!
Pessach que é a Covid que aos poucos vai abrindo sua Passagem e voltando a nos dar a Liberdade de ir e vir sem essa tão terrível máscara que mascara nossas vidas para que esse tão temível Vírus não nos tome como Escravos!
Pessach que é essa Guerra descabida entre Ucrânia e Rússia, que outro facínora, outro louco resolveu detonar, tirando a Liberdade de tanta gente!
Pessach que é a falta de Liberdade de ser quem você Quer Ser!
Pessach que é a falta de Humildade, de Empatia que vivemos no nosso Momento Atual...
Ahhhhhhhhhhhhhh genteeeeeeeeeeeee!!
Vamos láaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!
Vocês vão ter que me aturar agora!!!!!!!!!!!
Juro que essa será uma coluna curtinha.
Não que o assunto não mereça toda minha atenção e reverência, mas para não cansar meus queridos leitores!!
Vamos lá!
Claro que o tema será a Matzá e o Matzemeil, mas antes de falarmos nisso teremos que falar em como se originou essa Farinha, Matzmeil.
Não quero ser chata contando aquilo que vocês estão carecas de saber: como aconteceu a Saída do Nosso Povo do Egito!
Só quero contar uma curiosidade que aprendi só para contar para vocês!
Os primeiros Pães eram feitos de Farinha de Trigo misturados ao fruto de uma árvore chamada Carvalho. Eram achatados, duros e secos e ai de quem os comesse logo depois de prontos, porque eram amargos!
Havia a necessidade de lavá-los várias vezes com água fervente antes de se fazer broas que eram assadas sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas e, mesmo assim, o gosto não era dos melhores...
Há polêmicas sobre evidências de Pães Fermentados no Egito que datam de 3 mil a.C, porém alguns historiadores não concordam com essa teoria.
Polêmicas à parte, o que nos interessa nessa hora é que quando o impiedoso, desumano ou qualquer outro adjetivo que se queira colocar para aquele tal de Faraó que "libertou" nosso povo para, finalmente, saímos do Egito, foi aquele corre-corre!
Vocês nem podem imaginar!
Nem eu na verdade, e olha que sou expert em mudanças!
Teve uma época na minha vida que me mudava tanto que metade das minhas coisas já ficavam nas caixas!!
Mas o que sabemos é que naquele afã de arrumar tudo e sair correndo antes que o famigerado mudasse de ideia (e nós sabemos que mudou...:-( ) não houve tempo de pensar em muita coisa nem de colocar água no feijão para cozinhar mais um pouco...
No corre-corre o resultado foi a nossa deliciooooooosssaaaaaaaaaa MATZAH!!!
Amada por muitos (EUUUUUUUUUUUUUUU!!!!), odiada por outros...
Mas, enfim, o que é essa MATZAH, que os Goim (não judeus) conhecem como o Pão Ázimo dos Judeus?
Nada mais que uma simples mistura de Farinha de Trigo e Água!
Também vocês não queriam que nossos pobres antepassados pensassem em colocar algo mais para dar gosto ao que estavam preparando, né??
Tem mais minha gente!
Não podemos esquecer que o tempo era precioso demais para se perder esperando fermentar ou lembrando de colocar algo que fosse mais fitness, tipo semente de gergelim, linhaça, chia ou algo parecido!!
Importante era sair o mais rápido possível daquele cativeiro!
Carregar os pertences mais que necessários e o Pão Ázimo!
Mas o que é esse tal Pão Ázimo?
Justamente aquele que Não Fermentou, a nossa MATZAH!!!
Claro que tinha também que ser assada bem rapidinho!!
Hoje temos nossas Matzot prontinhas em casa.
Quem quiser encomendar é só ligar para Val, na SIB, e fazer seu pedido!
Mas para quem quer se atrever a fazer em casa existem várias receitas na internet.
Pessoalmente, jamais tentei...
O processo de fabricação não é tão simples quanto seus ingredientes!
O tempo total de preparação não pode passar de 18 minutos para que a fermentação não inicie.
Ou seja, você tem que colocar todas no forno ao mesmo tempo!
Ah, e não se esqueçam de fazer os buraquinhos em cima das Matzot!
Os buraquinhos que encontramos em cima das Matzot não estão lá à toa!
São feitos antes delas serem colocadas no forno e evitam a formação de bolhas de ar e eventual crescimento da massa.
Para os que pretendem correr o risco, uma palavra de estímulo: Boa Sorte! (Ah, não estou fazendo nenhuma propaganda de Farinha de Trigo, viu gente!! :-) )
Agora vamos, sem mais delongas, à nossa Matzemeil!!
E como ela é feita?
Aiaiaiaiaiai....
Resposta difícil genteeeeeeeeeeeeee...
Se triturarmos nossa Matzá, que resultado teríamos?
Resposta de 1 milhão de Kneidales (Bolinhos de Matzmeil)!
Acertou quem respondeu: MATZMEIL!!!!
Como fica difícil saber qual de vocês acertou primeiro, vai ficar ainda mais difícil pagar 1 milhão de Kneidales....
Fica mais uma pergunta, com uma resposta mais ou menos óbvia.
Matzá engorda?
Se pensarmos que a Matzá é como um Cracker, porém feita exclusivamente de Farinha de Trigo e Água, podemos concluir que engorda menos que o Pão Nosso de Cada Dia que leva outros aditivos, conservantes, sal...
O problema não está na pobre da Matzá que leva a culpa de nos engordar, mas em tudo que colocamos em cima dela!
Manteiga, requeijão, Nutella, queijos gordurosos...
Ai que delíciaaaaaa!!!!
Segundo as pesquisas que fiz, uma Matzá média tem em média (kkkk) 111 a 120 calorias, menos de duas fatias de Pão simples.
Se colocarmos uma geleia de baixo teor em calorias ou um queijo branco poderemos aproveitar nossa Matzá sem peso na consciência!
Além de tudo minha gente, devemos pensar que temos até o próximo Pessach para emagrecer!!
Então podemos comer nossas deliciosas Matzot sem culpa! ;-)
Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
Saudades imenssssssssssaaaasssss de ver minha casa toda fedendo a Guefilte Fishes (Bolinhos de Peixe) que minha mãe (Eliza Pikelhaizen, Z"L) fazia tão bem e jamais aprendi a fazer, achando que ela seria eterna...
Lembro de meu cunhado Roberto Câmara, Z"L sempre reclamando do mau cheiro que pairava no ar enquanto minha saudosa mãe cozinhava seus Guefilte Fishes, pacientemente, por horas a fio...
E o Rolidex (Gelatina da Cabeça do Peixe) que minha avó Rachel Bronstein, Z"L fazia com tanto amor para meu pai (Bernardo Pikelhaizen, Z"L) ...
E aquele cheirinho gostooooooooooosssssoooooooo de cebola fritando que pairava no ar dias antes de Pessach?
Não é mesmo minhas irmãs???
É que minha mãe costumava fritar quilos e mais quilos de cebolas bem antes da véspera do Seder de Pessach. Daí ela colocava em frascos gigantescos de vidros na geladeira para usar nos diversos pratos que comeríamos durante toda a semana!
Ahhhhhhhhhhhhh!
Tem uma lembrança que não posso deixar de registrar!
Lembro que sempre deixávamos uma taça de vinho para Eliahu Hanavi em cima da mesa.
Ele, supostamente, viria na noite do Seder de Pessach, depois que fossemos dormir para abençoar nossa casa!
Pela manhã ia verificar se ele realmente tinha vindo e, claro, a taça estava sempre vazia!!
Foi somente anos luz depois que descobri que não era bem o Eliahu Anai quem tomava o vinho e sim minha mãe!!!
Quantas boas lembranças o Pessach me traz!
Quantas saudades....
Enfim, minha gente, se vocês querem comer alguns quitutes típicos de Pessach, estar entre amigos e jogar uma boa conversa fora não esqueçam de fazer sua reserva no Seder de Pessach da SIB, dia 20.04, na sede da SIB.
Agora, vamos às nossas Dikas, ou vocês acham que por essa ser uma Edição Especial desta coluna eu iria esquecer das Dikas??
Esqueci naummmmmmmmmm!!
Vamos lá e dessa vez sem pensar e sem pesar calorias, minha gente, afinal Pessach leva uma semana, mas é uma vez por ano!!
Farfalle de Matzá
2 cebolas picadas e fritas no azeite de oliva
3 folhas de Matzá
2 ovos batidos
Sal e pimenta a gosto
Modo de Fazer:
Quebre as Matzot na mão em pedaços não muito pequenos.
Bata os ovos com fouet e misture as Matzot quebradas.
Deixe descansar por uns 10 a 15 minutos até que amoleçam.
Enquanto isso doure as cebolas no azeite e vá colocando as Matzot já amolecidas aos poucos para dourar.
Vá mexendo devagar para não pegar no fundo da panela.
Bolo de Maçã
6 ovos
4 maçãs raladas
1 xícara de açúcar
1 xícara de óleo de algodão
1 xícara de Matzmeil
Suco de limão
⅓ xícara de nozes moídas
6 colheres sopa rasas de açúcar
Canela a gosto
Modo de Fazer:
Bata as claras em neve e reserve.
Em separada bata as gemas, o açúcar e aos poucos vá adicionando a Matzmeil, alternando com o óleo e o suco de limão.
Acrescente as nozes, as maçãs raladas e, por último, as claras em neve.
Forma untada com óleo e enfarinhada com Matzmeil.
Coloque a massa na forma e salpique por cima o restante do açúcar misturado à canela.
Forno médio por +- 40 mins.
Obs.: Sendo um bolo feito com Matzmeil e que, obviamente, não leva fermento, o resultado é uma massa mais pesada das que estamos acostumados!
Bom apetite!!
Agora só posso desejar a todos vocês, meus queridos e, na sua maioria, desconhecidos leitores, um PESSACH SAMEACH!!
Que a Passagem para a tão desejada Liberdade chegue para todos nós!
Judeus ou não!
Brancos, pardos, negros, amarelos!
Homens, mulheres, homossexuais, transexuais!
Sem Vírus!
Sem Guerras!
Sem Tiranias!
Com mais Amor!
Com mais Empatia!
Com muito mais Humildade!
Pérola Pikelhaizen
Dvash Chocolates
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