Primeiro dia - Leitura da Torá: Shemot 19:1-20:26; Bamidbar 28:26-31 Haftará: Yechezekel 1:1-28; 3:12
Segundo dia - Leitura da Torá: Devarim 15:9-16:17; Bamidbar 28:26-31 Haftará: Habakuk 2:20-3:19
Mesa de Shavuot na SIB – 5778 - 2018
A festa de Shavuot é uma celebração significativa e especial no calendário judaico. Também conhecida como a Festa das Semanas, ela ocorre sete semanas (50 dias) após o Pessach (Páscoa Judaica) e marca a entrega da Torá no Monte Sinai. Este ano será 5ª à noite (1º de junho) e 6ª à noite (2 de junho) – por estarmos na diáspora, comemoramos dois dias e estes são Yom Tov.
Shavuot é uma festa que combina elementos religiosos e agrícolas. Historicamente, era um momento de agradecer a D’s pelas colheitas de trigo e cevada, além de ser uma ocasião em que o povo judeu se reunia para renovar seu compromisso com a observância dos mandamentos divinos.
Uma tradição importante em Shavuot é a leitura do Livro de Rute, que conta a história de uma mulher moabita que se converteu ao judaísmo e se tornou uma ancestral do Rei Davi. Essa leitura ressalta a importância do acolhimento e da inclusão na comunidade judaica.
Outro aspecto significativo de Shavuot é o consumo de produtos lácteos, como queijos e bolos feitos com leite. Essa tradição remete à relação simbólica entre a Torá e o leite materno, representando a doçura e a nutrição espiritual proporcionadas pela lei divina.
A festa de Shavuot é celebrada com orações, estudo da Torá, decoração das sinagogas com flores e plantas, além de refeições festivas em família. É um momento de alegria e gratidão, no qual os judeus refletem sobre a importância da Torá em suas vidas e renovam seu compromisso com os princípios e valores judaicos.
Embora Shavuot seja uma festa judaica, suas mensagens de gratidão, renovação espiritual e valorização da sabedoria divina são universais e podem inspirar pessoas de diferentes crenças a se conectarem com sua espiritualidade e a se comprometerem com o aprendizado constante e a prática de valores positivos em suas vidas.
A festa de Shavuot celebra a Entrega da Torá no Monte Sinai
Os Dez Mandamentos são traduzidos erroneamente como "Dez Mandamentos", mas na verdade são "Dez Proclamações ou Dez Palavras".
Os Dez Mandamentos são um resumo dos 613 mandamentos da Torá.
Shavuot marca a revelação pública de D’s ao povo judeu.
A revelação no Sinai foi o evento mais grandioso na história humana.
A revelação de D’s no Sinai permitiu que o povo judeu conhecesse D’s diretamente.
Os Dez Mandamentos não são apenas leis morais, mas ordens absolutas e divinas. Os Dez Mandamentos transcendem a moralidade prática e expressam santidade e conexão com o divino.
As leis humanas podem ser quebradas, mas as leis de D’s são inquebráveis.
A singularidade dos Dez Mandamentos está na sua origem divina e na conexão com a origem de tudo.
A celebração de Shavuot, observada na Diáspora nos dias seis e sete do mês hebraico de Sivan, marca a ocasião em que comemoramos a Entrega da Torá, conhecida como Matan Torá. É importante notar que a transmissão da Torá não ocorreu em um único dia, mas sim ao longo dos 40 anos em que o Todo-Poderoso a transmitiu a Moshé, que por sua vez a ensinou ao Povo Judeu durante sua estadia no Deserto do Sinai.
Shavuot é celebrado como a ocasião em que D'us se revelou ao Povo Judeu no Monte Sinai e anunciou as Dez Proclamações, erroneamente conhecidas como Dez Mandamentos. Embora neste texto usa-se a tradução "Dez Mandamentos" para simplificar, é importante destacar que essa tradução é imprecisa, pois a Torá contém não apenas dez, mas 613 mandamentos fundamentais. Com exceção do Quarto Mandamento, que se refere à observância do Shabat, os outros são mandamentos de natureza abrangente. Além disso, eles não mencionam as leis básicas do Judaísmo, como o estudo da Torá, a caridade, as boas ações, a circuncisão, o uso de Tefilin e as orações, as festividades judaicas e outros.
Então, qual é o significado das Dez Proclamações? Por que D'us as distinguiu das demais e as inscreveu em duas Tábuas, cada uma contendo cinco mandamentos, trazidas por Moshê Rabenu do Monte Sinai? O significado é que D'us as transmitiu diretamente ao Povo Judeu durante Sua revelação no Monte Sinai. Os demais mandamentos foram transmitidos por D'us a Moshê. Podemos inferir que talvez a razão pela qual D'us tenha transmitido essas Dez Proclamações diretamente à Nação Judaica tenha sido porque elas são um resumo dos 613 mandamentos da Torá, como ensinado pelo Rabi Saadia Gaon. Isso significa que cada mandamento da Torá é uma ramificação de uma das Dez Proclamações. Por exemplo, essas proclamações não mencionam a observância das festividades judaicas, como Rosh Hashaná, Yom Kipur, Pessach etc., mas essas festividades derivam do Quarto Mandamento, que é a observância do Shabat. De fato, a Torá ocasionalmente se refere a certas festividades judaicas pelo nome de "Shabat" (como na passagem que menciona a contagem do Ômer) e a maioria das leis de Yom Tov derivam das leis do Shabat.
Akdamut
Akdamut é um poema litúrgico recitado durante o serviço religioso de Shavuot. É um poema de origem medieval, escrito em aramaico, que descreve a grandiosidade de Deus, o poder da Torá e a relação entre D’s e o povo judeu. Geralmente, é cantado pelo cantor ou pelo Chazan, e muitas vezes é acompanhado por uma melodia festiva.
O poema Akdamut é uma parte significativa das tradições litúrgicas de Shavuot em muitas comunidades judaicas. Ele serve como uma introdução solene à leitura da Torá, que é um dos principais rituais durante essa festividade.
Chag Shavuot Sameach
Shabat Shalom Umevorach
Marcos Wanderley
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