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Foto do escritorMarcos Wanderley

Tisha B’Av – 9 de Av

Nesta semana, será logo após o pôr-do-sol de quarta-feira (17:25h, 26-7-2023) até depois do pôr-do-sol de quinta-feira (17:48h, 27 julho de 2023). É o dia nacional de luto do povo judeu, em que se jejua por mais de 24h.

Ilustração da Enciclopédia Judaica de Brockhaus e Efron (1906-1913). Serviço da sinagoga do 9º dia deA v (do livro de Bodenshad "Kirchliche Verfassung"). Via See page for author, Public domain, via Wikimedia Commons


A destruição do Templo simboliza o sofrimento judaico ao longo de 2000 anos: o exílio de nossa pátria seguido de perseguições e expulsões, tortura e genocídio. Várias vezes ao longo dos anos, aconteceram grandes tragédias com o povo judeu no dia 9 de Av.


A Guemará nos diz que o Beit Hamikdash foi destruído por três atos muito graves: idolatria, assassinato e adultério. E ainda falta da devida importância à Torá. O judeu tem três partes dentro de si: Sechel (intelecto), Nefesh (alma) e Guf (corpo físico) A idolatria é um pecado intelectual porque confia em um ídolo que não é capaz de fazer coisa alguma. O adultério é um pecado corporal porque se impurifica o corpo com infidelidade. O assassinato é um pecado da alma, pois a alma não viverá mais neste corpo. Estes são os três elementos que compõem o corpo. Ainda, de acordo com a Guemará, ninguém, nem os sábios, nem os anjos souberam responder o porquê. Sendo que o próprio HaShem disse que os yehudim não deram uma importância devida ao estudo da Torá, explicam os Chachamim (sábios). Segundo eles, H’Shem estava disposto a anular o decreto da destruição do Templo se tivessem estudado a Torá com amor e com importância. A Guemará elenca 8 motivos para a destruição:

  1. Profanação do Shabat

  2. Anularam o Kriat Shemá de Shacharit e Arvit. Já que temos o dever de rezar o Shemá pela manhã e pela noite

  3. Análise do estudo da Torá das crianças

  4. Não tinha empatia com o próximo

  5. Crianças queriam igualar-se aos adultos

  6. Censura de um com os outros

  7. Recusar a orientação dos Sábios

  8. A Emuná (fidelidade) que esvaiu-se entre os homens

Mesmo com tudo isso, o povo judeu não perde a esperança, pois o Tabernáculo não fora construído pelo Eterno, mas por cada judeu e Sua (o Eterno) misericórdia é benevolente. Afinal, somos cada alicerce desta grande e forte nação, segundo o rabino Eliezer, o Grande. Cada um de nós será o alicerce desde o mais simples ao mais sábio para a vinda de Mashiach. No livro de Salmos (Tehelim), há a promessa de que o Eterno enviará o profeta Eliyahu para anunciar a paz em Israel e na Terra e todos os sofrimentos cessarão e todos os povos reconhecerão que o Eterno é um: “Shemá Israel Ad-nai Elokenu, Ad-nai Echad”.


Shabat Shalom Umevorach


Marcos Wanderley


Referências:

  • O Ser Judeu

  • O Mais Completo Guia sobre o Judaísmo

  • Revista Morashá on-line

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