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Foto do escritorDr. Rogério Palmeira

Uma noite Markovitch




Durante a Segunda-Guerra Mundial, diversas operações secretas - e outras não tão secretas - polêmicas ou não foram pensadas para tentar viabilizar a fuga dos judeus da Europa martirizada pelo nazismo; neste seu “Uma Noite, Markovitch,” a jovem escritora israelense Ayelet Gundar-Goshen, conta uma face pouca conhecida de uma destas operações.


O drama se desenrola a partir da história real de um grupo de agricultores judeus que partem da Palestina britânica em direção a Europa, com um plano para burlar as cotas de imigração e bloqueio a receber novos imigrantes judeus impostos pelos ocupantes britânicos. o Plano era bem simples, fazer casamentos de conveniência, com o intuito de salvar estas meninas da Europa nazista e colocá-las sob o domínio britânico. Os casamentos seriam desfeitos com um divórcio após a chegada na Terra Santa, onde tocariam suas vidas. O velho ditado yídish já anuncia, “O homem faz planos e D´Us Ri”, neste caso talvez tenha Chorado, pois o projeto de resgate esbarra com as paixões e emoções humanas: inspirado no caso real de uma mulher lindíssima, casada com um fazendeiro, que de tão apaixonado não concede-lhe o divórcio e a mantém contra sua vontade, na esperança de que com o tempo, também se apaixone. “Uma Noite, Markovitch”, é o romance de estreia de Ayelet Gundar-Goshen, que além de jornalista e escritora é psicóloga, recebeu o prestigioso prêmio Literário Sapir e foi traduzido em 14 idiomas. A autora é também uma premiada roteirista de cinema e televisão e já trabalhou para a Associação de Direitos Civis de Israel, além de contribuir para o podcast The Cultural Frontline da BBC e para os periódicos Financial Times, Time Magazine e The Telegraph. O romance segundo a autora também tem um caráter de metáfora política: “Tentei encontrar dentro de mim o mesmo lugar que se apega às coisas e não pode deixar ir embora, seja por um sentimento de grande paixão, seja por um sentimento de grande ofensa. Pensei em todos aqueles que se recusam a deixar algo – uma pessoa, um território – na vaga esperança de que, se eles se apegarem com força suficiente a algo, será deles.


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